Sindicatos de Petroleiros de Minas, se preparam para entrar em greve em apoio aos caminhoneiros. Greve será a maior da História
O desmonte que vem sendo promovido na Petrobrás talvez seja o maior ataque à empresa e seus empregados. Em dois anos de gestão Pedro Parente, sob o comando de Michel Temer, a empresa já se desfez de 11 de ativos no Brasil e no exterior e agora avança o projeto de privatizações sobre o setor de fertilizantes e refino.
Com isso, a companhia não apenas deixa de ser uma empresa integrada do setor de energia, como também cede espaço e mercado a empresas estrangeiras. Assim, a Petrobrás deixa de cumprir importante papel social no fornecimento de combustíveis e no desenvolvimento da indústria nacional, perdendo sua principal função como empresa estatal: servir ao povo brasileiro.
Mas a categoria petroleira está mobilizada para impedir o avanço dessa onda privatista. Em todo o País, os trabalhadores aprovaram com mais de 90% a realização de uma greve nacional contra a privatização da Petrobrás. E em Minas, já se iniciaram as mobilizações com cortes de rendição surpresa, com objetivo de esquentar os motores do movimento grevista rumo ao controle da produção pela categoria.
Na manhã da última quarta-feira (23), os trabalhadores de turno e o pessoal de HA não entraram para trabalhar e se uniram à paralisação dos caminhoneiros – que fecharam os acessos de caminhões à Regap em manifestação pela redução do preço do óleo diesel, que desde fevereiro aumentou em 34%.
Segundo o diretor da FUP e do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori, a alta dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha é reflexo direto da política de privatização da Petrobrás.
“Nenhuma empresa estrangeira quer vir para o Brasil construir ou comprar uma refinaria com o preço da gasolina fixado pelo Estado e tendo como objetivo cumprir uma função social de segurar a inflação. Então, a Petrobrás tem subido o preço de tal forma que hoje é interessante importar gasolina. Hoje, 40% do consumo interno de derivados no Brasil é importado, enquanto temos refinarias com capacidade ociosa”.
O “esquenta” também está sendo realizado em todas demais bases da FUP em forma de mobilizações, atos e paralisações, de maneira a preparar os trabalhadores de todo o Brasil para a maior greve da nossa história.
No dia 7 de junho, data do quarto leilão de blocos exploratórios de óleo e gás do pré-sal, serão realizados atos em defesa da Petrobrás em todas as bases da FUP. Já no dia 12 de junho, lideranças sindicais de todo o País voltarão a se reunir no Rio de Janeiro para avaliar os movimentos realizados e traçar estratégias rumo à greve geral da categoria. Por lutar novamente em defesa do patrimônio do povo brasileiro, a greve dos petroleiros certamente ficará marcada na história.
Fonte: Sindipetro/MG