Dia do Basta é uma questão de soberania nacional

Haddad esteve com ex-presidente nesta terça para definir os últimos detalhes do registro da candidatura no próximo dia 15 e trocar informações sobre possíveis alianças

As mobilizações organizadas pela CUT e demais centrais sindicais no próximo dia 10 de agosto, Dia do Basta, devem ser consideradas uma questão de soberania nacional.

A afirmação foi feita nesta terça-feira (31) pelo ex-ministro Fernando Haddad, coordenador do programa de governo da pré-candidatura de Lula, na saída da sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde foi visitar o ex-presidente, mantido como preso político há mais de 115 dias.

“O governo Temer, que não tem legitimidade das urnas e nem um programa de governo aprovado pelo povo, tinha de parar de tomar medidas de caráter estrutural, como vender a Embraer, o Pré-Sal, a Eletrobras e a Petrobras”, defendeu Haddad, se referindo a uma das pautas do Dia do Basta – o fim das privatizações e a entrega do patrimônio público brasileiro às empresas estrangeiras.

“E isso não é uma questão partidária, é uma questão de soberania nacional”, destacou o ex-ministro.

“Medidas estruturais devem ser suspensas até as eleições de outubro para que o presidente eleito, e eu espero que seja o Lula, possa dar um rumo para o país e encaminhar as demandas necessárias em diálogo com a sociedade.”

Candidatura de Lula
Haddad esteve com o ex-presidente para fechar os últimos detalhes – definições finais do plano de governo e informações sobre possíveis alianças com o PC do B, PSB e PROS – do registro da candidatura no próximo dia 15 de agosto.

“Lula está acompanhando todos os debates, sempre muito disposto a somar forças, e nós vamos fazer uma última rodada de negociações”, disse Haddad para os jornalistas que o aguardavam do lado de fora da PF.

Ele disse, ainda, que levou ao ex-presidente mensagens dos dirigentes dos partidos interessados na aliança com o PT.

Dia do Basta
Organizado pela CUT e demais centrais sindicais, no dia 10 de agosto, os trabalhadores e trabalhadoras realizarão paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o País para exigir um basta de desemprego, de aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, de retirada de direitos da classe trabalhadora, de privatizações e de perseguição ao ex-presidente Lula.

Uma grande manifestação na Avenida Paulista, em frente à Fiesp, está prevista para ocorrer a partir das 10h, com a participação de várias categorias de trabalhadores e trabalhadoras e de movimentos sociais. Atos nas demais capitais brasileiras ainda serão divulgados nas próximas semanas.

Fonte: CUT

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