Bolsonaro: ditador com pitadas de pseudo-democracia

Capitão reformado do Exército, deputado de 63 anos conseguiu ser eleito com um discurso de extrema direita, robts de fake news e de que não é político tradicional

Reprodução da internet

Capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991 e dono de uma extensa lista de declarações polêmicas e de um discurso antidemocrático, Jair Messias Bolsonaro materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir do super esquema de compartilhamento de mensagens pelo whatsapp e pelas redes sociais. Ao catalisar, com um discurso de extrema direita, o sentimento contrário à corrupção, um discurso de ódio contra o PT, as minorias, a população LGBT e ao próprio sistema político, o candidato do PSL foi eleito neste domingo (28) presidente da República.

A estrutura pequena do PSL e a falta de alianças com grandes legendas foi superada pelo um super esquema de contratação de robôs eletrônicos de disparos de mensagens em massa, além de uma produção nunca antes vista no mundo de notícias falsas, as chamadas fake news. Criticado por exaltar a ditadura, a tortura e o extermínio de pessoas. Embora esteja na política há três décadas, ele vendeu a imagem de que não é um político tradicional.

São suas as declarações consideradas ofensivas e discriminatórias contra negros e quilombolas. Em 11 de setembro, o STF julgou Bolsonaro por acusação de racismo – inocentando-o por um placar de 3 a 2 na Primeira Turma. Publicamente, se opôs às ações afirmativas, como a adoção de cotas étnicas para o ensino superior.

Demonstrou também ser contrário às leis de proteção ao público LGBT. Como deputado, combateu sem trégua, em 2011, quando Fernando Haddad (PT) era ministro da Educação, o que chamou de “kit gay” – um material didático contra homofobia que seria distribuído pelo governo para as escolas públicas.

Bolsonaro sempre se insurgiu ainda contra a proteção que os direitos humanos conferem aos que estão sob custódia do Estado. Já disse ser a favor da pena de morte e contra o Estatuto do Desarmamento. Condena a descriminalização das drogas e quer que o cidadão comum possa se armar, em legítima defesa, contra ação de bandidos. Esse foi o seu principal recado aos eleitores na área de segurança.

Durante a campanha, seu discurso foi se tornando mais moderado. Teve inclusive que enviar carta ao STF para prestigiar a Corte depois que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SL), apareceu em vídeo dizendo que “bastava um cabo e soldado para fechar o STF”. Jair Bolsonaro condenou a violência entre eleitores e conclamou os brasileiros à pacificação.

Fez, por exemplo, declarações consideradas ofensivas e discriminatórias contra negros e quilombolas. Em 11 de setembro, o STF julgou Bolsonaro por acusação de racismo – inocentando-o por um placar de 3 a 2 na Primeira Turma. Publicamente, se opôs às ações afirmativas, como a adoção de cotas étnicas para o ensino superior.

Demonstrou também ser contrário às leis de proteção ao público LGBT. Como deputado, combateu sem trégua, em 2011, quando Fernando Haddad (PT) era ministro da Educação, o que chamou de “kit gay” – um material didático contra homofobia que seria distribuído pelo governo para as escolas públicas.

Bolsonaro sempre se insurgiu ainda contra a proteção que os direitos humanos conferem aos que estão sob custódia do Estado. Já disse ser a favor da pena de morte e contra o Estatuto do Desarmamento. Condena a descriminalização das drogas e quer que o cidadão comum possa se armar, em legítima defesa, contra ação de bandidos. Esse foi o seu principal recado aos eleitores na área de segurança.

Durante a campanha, seu discurso foi se tornando mais moderado. Teve inclusive que enviar carta ao STF para prestigiar a Corte depois que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SL), apareceu em vídeo dizendo que “bastava um cabo e soldado para fechar o STF”. Jair Bolsonaro condenou a violência entre eleitores e conclamou os brasileiros à pacificação.

O candidato já foi condenado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por apologia ao estupro. Em 2014, da tribuna da Câmara, ele disse à colega deputada Maria do Rosário (PT-RS) que ela não merecia ser estuprada. Ele recorreu e o caso aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Por causa dessa decisão do STJ, ele se elege como o primeiro presidente que é réu na Justiça. Mas isso não é golpe? É mais uma das faces do golpe que corrói nossa democracia, desde 2016.

Ele é uma pessoa que passou a sua carreira política elogiando a tortura e a ditadura militar, falando que é necessário um novo golpe de Estado e que, nesse golpe, devem morrer 30 mil pessoas e que a tortura é legítima. É evidente que essas ideias são completamente contrárias à nossa Constituição. E o risco se torna maior porque as forças que esse candidato está mobilizando concordam com essas ideias.

Ouvindo Bolsonaro e sua família, ele reprimirá e criminalizará qualquer atividade social e política que possa opor-se a ele para alcançar a unidade nacional em torno de seu programa. A arma da polícia e militar será o meio para aplicar a sua lógica e com todas as suas consequências, um neoliberalismo generalizado. Todos os democratas do mundo estão avisados: Bolsonaro é um fascista fanático que arrisca chegar ao poder no Brasil, afirmou Christian Laval, professor emérito de sociologia na Universidade de Paris em entrevista ao jornal Carta Capital.

Fonte: com informações do Carta Capital/ G1/ Agência Brasil

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