30 dias da chacina e do desastre da Vale: tristeza, dor, solidariedade e forte denúncia a sociedade sobre o risco das barragens
Aconteceu hoje (22) na Igreja São José, no centro de Belo Horizonte, a missa em memória dos mortos no desastre-crime do rompimento da barragem da Vale em Córrego do Feijão em Brumadinho.
Mais de 1200 pessoas compareceram a missa em memória das vítimas da lama de morte da Vale, e em solidariedade às famílias dos atingidos. Antes da missa, ocorreu um ato simbólico em que os atores Munish, do Grupo de Teatro Leela, vestidos e cobertos de lama simbolizaram a dor, tristeza e sofrimento dos atingidos. Imagens das vítimas foram exibidas num outdoor, e foram colocadas cruzes, flores e velas em cada um dos nomes dos 176 mortos na chacina da Vale. Outros 134 continuam desaparecidos.
O ato e a missa foram organizados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens, o MAB, pelo Coletivo Alvorada, e por setores da Igreja Católica de Belo Horizonte, e contou com a participação da sociedade, companheiras e companheiros e por tribas da Etnia Pataxós, que habitam às margens do Rio Paraopeba. A missa foi proferida pelo Bispo Dom Vicente.
Fotos: Luzilene/Coletivo Alvorada