“Houve um estelionato eleitoral em São Paulo”, diz Boulos. “Esconderam a pandemia”

“Dizia na TV que a situação estava controlada, enquanto ocorria 25% de internações das UTI´s. Foi uma completa esculhambação o que fizeram”, acrescentou o líder do MTST em participação no programa Bom Dia 247

Fonte: Brasil 247

 

Passados 11 dias após o segundo turno das eleições municipais, Guilherme Boulos (PSOL-SP), que obteve 40,62% dos votos na disputa com o tucano Bruno Covas (PSDB-SP), vencedor do pleito eleitoral com 59,45% dos votos, fez um balanço político e apontou para um “estelionato eleitoral na cidade de São Paulo, principalmente na reta final da campanha”.

O líder do PSOL e do  Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) participou nesta quinta-feira (10) do programa Bom Dia 247 e denunciou que “a prefeitura escondeu a pandemia o tempo todo”.

“Covas dizia na TV que a situação estava controlada, enquanto que dados da própria vigilância sanitária de São Paulo apontava 25% de internações das UTI´s, a cada semana. Eles esconderam tudo isso, uma esculhambação para obter resultados eleitorais”, relatou Boulos.

Vacina, Já! 

Em sua visão, o tema da vacina deveria sair do debate da “disputa política” e ser uma “campanha construída pela sociedade”. “Temos que construir uma ampla campanha de vacinação pelo país, que significa pressionar a Anvisa para que ela tenha critérios técnicos na aprovação da vacina, pressionar o governo federal para adquirir todos os equipamentos necessários”. defendeu.

Esperança nos rumos da esquerda 

Boulos destacou que sua candidatura, apesar de não ter ganho, “plantou esperança para o futuro”.  “Muitas pessoas que estavam descrentes, jovens que não acreditavam na política como forma de transformação, mudaram de opinião com essa campanha, há muito tempo a esquerda não mobilizava a juventude dessa forma. E olha que foi nas condições mais adversas, mas obtemos 40% dos votos com apenas 17 segundos de TV”.

O líder social também destaca que sua candidatura “promoveu uma penetração fortíssima nas periferias de São Paulo”.

“O filme é: uma esquerda na lona em 2018, com atestado de óbito, e uma nova mobilização de sentimentos em 2020. Acredito que teremos novas vitórias eleitorais para o futuro”, finalizou.

Fonte: Brasil 247

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