Polícia invade casas e intimida famílias Sem Terra em MG

Fascistas voltam a atacar acampamento Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais

Acampamento resiste há mais de 20 anos, gerando trabalho e renda para 450 famílias. Foto: MST

Na manhã desta quinta-feira (30), a polícia invadiu a casa de Celso Augusto, acampado no Quilombo Campo Grande há anos, levando-o preso. Conhecido como “Celsão”, o companheiro tem necessidades especiais em decorrência de um acidente e necessita de remédios controlados.

Em seguida a polícia também invadiu a casa do Sr. Joãozinho. Ambas famílias moram fora dos limites da sede, que teve o despejo marcado para o próximo dia 12 de agosto.

Mesmo com decreto de calamidade pública em Minas Gerais, o juiz determinou o cumprimento imediato de despejo da escola e da vila de moradores do acampamento. A mesa de diálogo sobre conflitos de terra apontou que as famílias deveriam permanecer no local, pelo menos durante o isolamento social.

Vidros quebrados pela Polícia Militar. Foto: Geanini/ MST

 

Débora Mendes, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, alerta para as consequências de uma ação policial neste momento, que pode colocar em risco a saúde de toda a população da cidade de Campo do Meio. “A vinda de policiais militares agora representa uma dupla ameaça para nós, já que além da truculência, a vinda deles para o município poderá trazer o vírus também. Isso só deixa mais claro que os governos fascistas, como o governo Zema, não estão nem um pouco preocupados com a vida dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras”. Vale ressaltar que Campo do Meio ainda não possui casos registrados da COVID-19.

No acampamento Quilombo Campo Grande residem 450 famílias, produtoras do café Guaií. São mais de 20 anos de resistência e construção da Reforma Agrária Popular na área.

Fonte: Geanini Hackbardt/ MST

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