Movimentos Sociais manifestam contra o Governador e contra a Rede Globo

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras (MST) faz um grande ato agora na Praça da Liberdade

Na manhã desta terça-feira (17), data em que se completa 22 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás e 2 anos de golpe no Brasil, Mais de 600 militantes de diversas caravanas das regionais de Sul de Minas, Vale do Rio Doce e do Jequitinhonha do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) se reúnem em frente ao palácio do Governador, na Praça da Liberdade em Belo Horizonte para reclamar por seus direitos e exigem serem ouvidos.  O Ato faz parte da Jornada Nacional de Lutas do Abril Vermelho. O movimento reivindica o cumprimento das promessas feitas pelo governador Fernando Pimentel, que estão em negociação desde 2015.

Principais reinvidicações

O ato relembra os 22 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, onde mais 20 trabalhadores rurais, incluindo mulheres e crianças foram vitimados pela Polícia Militar, num ato cruel e desumano que até os dias de hoje ninguém foi responsabilizado. Só em 2015, o Brasil registrou o maior número de mortes por conflitos por terra dos últimos 12 anos. A Comissão Pastoral da Terra (CPT) registrou 50 assassinatos, 144 pessoas ameaçadas e 59 tentativas de homicídio em conflitos no campo. Os estados de Rondônia, Pará e Maranhão concentram 90% desses casos.

“Há três anos o governador se comprometeu a destinar para reforma agrária três áreas que tem conflito histórico. Apesar de ter assinado decretos de desapropriação, Ariadnópolis e Felisburgo, onde também aconteceu um massacre, continuam pendentes. Queremos o pagamento das terras e a garantia de que as famílias envolvidas nesta luta saiam da situação de incerteza, de risco pelos conflitos que se arrastam e tenham seu direito a terra garantido”, explica Ester Hoffmann, da Direção Nacional do MST.

A intenção do movimento é ser recebido pelo governador, para definir prazos e datas para o cumprimento da pauta. “Mesmo após várias mobilizações, atos, ocupações, audiências nossas pautas continuam pendentes, já passou da hora do Pimentel honrar com sua palavra”, reitera Hoffmann.

Além das áreas emblemáticas, também estão em pauta o Programa de Segurança Alimentar, que garante a produção de alimentos em acampamentos e o Projeto Semeando Agroflorestas. Este prevê a produção de milhares mudas para o plantio de florestas produtivas, na lógica da agroecologia. “Desde de 2016, cerca 900 mil de mudas já foram produzidas e plantadas. É uma experiência de reflorestamento fundamental para nossa produção de alimentos saudáveis e até de água, em especial no Vale do Rio Doce, onde cobre áreas atingidas pelo crime da Vale|Samarco. Mas precisamos da segunda parte dos recursos, para ampliar os trabalhos à outras regiões”, aponta Tiago Mendes, Coordenador do Projeto.

O Golpe do Impeachment da presidenta Dilma, arquitetado pela mídia corporativa e golpista (Rede Globo e suas filiais) também são pautas da luta dos militantes, que exigem à volta da democracia no país e a desmonopolização da mídia golpista o qual formulou o golpe divulgando mentiras e vendendo o ódio contra o Partido dos Trabalhadores (PT), contra a presidenta Dilma Roussef e contra o ex presidente Lula.

Dia de Lutas contra o Golpe e contra a Globo

No final da tarde, às 17 horas, o MST seguirá para a Praça Raul Soares, onde está marcada a concentração para a Marcha Contra a Globo, organizada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. O MST aponta a emissora como inimiga número um da classe trabalhadora.

“A globo fez sua história sobre marcas de sangue do povo trabalhador. Apoiou a ditadura de 64, promoveu o golpe de 2015, é sonegadora da previdência, está atolado na corrupção. Onde está a justiça para investigar seus crimes? Vamos até lá denunciar suas mentiras e manipulações, convocamos toda a sociedade a seguir em marcha com a gente”, anuncia a dirigente.

Convidamos a todos os companheiros e companheiras, toda a militância e a todos que acreditam num Brasil livre e democrático à se unirem e participarem das atividades que ocorrerão ao longo do dia na Praça da Liberdade e às 17h se juntarem ao ato contra a Rede Globo.

Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação Social do MST/MG.

 

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