Contra o crime da Vale e pela vida das vítimas que nos deixaram

Tragédia que deixou mais de 300 vítimas, destruiu patrimônios históricos e causou grandes impactos ao meio ambiente terá missa em memória das vítimas

Foto: reprodução da internet

No dia 25 de janeiro, o município de Brumadinho sofria sua pior tragédia. Era início da tarde quando os meios de comunicação do país começaram a divulgar informações que uma barragem havia se rompido.

Três anos após o crime-desastre do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, a triste história da ineficiência do poder público, lobby e lucro acima de vidas humanas vinha a se repetir, mas, desta vez, com uma proporção de vítimas ainda maior. A barragem de rejeitos de minérios de ferro da mina do Córrego do Feijão, também da mineradora Vale, se rompeu e liberou uma montanha de lama, atingindo o refeitório e prédio da mineradora, pousada, casas, vegetação e rios, deixando mais de 300 vítimas entre mortos e desparecidos.

A estrutura que comportava a mina tinha cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos e, de acordo com a Vale, o rompimento ocorreu na Barragem 1, construída em 1976, e que estava desativada há cerca de três anos, ou seja, a barragem não recebia mais rejeitos de mineração mas ainda armazenava os antigos resíduos.

Com o rompimento, a lama conseguiu atingir o Rio Paraopeba, que fica a mais de 5 quilômetros do local da barragem. O rio é um dos principais afluentes do São Francisco.

Missa em memória dos atingidos e vítimas do crime da Vale

Em solidariedade às vítimas do crime da barragem da Vale, em Brumadinho – MG, a CRB convida a Vida Religiosa Consagrada, Organimos e Movimentos Sociais que acompanham e defendem a vida e a justiça.

O Ato “Grito Profético e Celebração Eucarística” ocorrerá na sexta-feira (22), na Igreja São José, Centro às 17 horas. Durante o Ato haverá homenagens às vítimas do crime da lama da Vale, o qual serão acesas velas nas escadarias da igreja e depositadas flores em homenagem aos mortos no crime-desastre do rompimento da barragem.

O Ato é uma construção coletiva de movimentos independentes, setores da igreja católica e da sociedade mineira que há dias vem criticando a forma e utilização de barragens, e que precisa ter um basta. Os organizadores do Ato pedem aos que puderem, vestidos de camisa preta, trazerem velas, flor e se possível uma cruz de madeira para serem colocadas no jardim da igreja. A banda de música de Brumadinho estará presente na homenagem.

A missa, que acontecerá após as homenagens, relembrará os 30 dias do mais triste desastre sócial e ambiental de nosso Estado. A missa será celebrada pelo Arcebispo de Minas Gerais. Venha e participe!

É hora de toda a sociedade uma vez mais e todos e todas juntos mostrarem aos governantes que este lobby da mineração precisa acabar. Barragens como a de Congo Soco, em Barrão de Cocais, Congonhas, Macacos e de Rio Acima, que já tiveram alarmes de sirenes e população evacuada precisam urgentemente ser desativadas, drenadas e os rejeitos transferidos antes que um novo crime-desastre aconteça!

#ValeAssassina

#CPIdaMineração

#VidasHumanasNãoValemNadaPraVale

 

Fonte: com informações do Coletivo Alvorada/ Brasil Escola

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