Bolsonaro segue a linha de Trump e declara que atos antifacistas que ocorrem no Brasil como “marginais” e terroristas.
Na última terça-feira (02), em entrevista na frente do palácio do planalto, Bolsonaro comentou sobre os atos antifascistas e anti racistas que ocorreram no Brasil em solidariedade aos protestos por justiça a George Floyd que vêm ocorrendo nos Estados Unidos e em outros países, e também denunciando as mortes jovens negros assassinados pela polícia racista brasileira, além de um forte rechaço às manifestações reacionárias que vem ocorrendo no Brasil com pedidos de intervenção militar e alto cunho fascista e racista. Bolsonaro declarou que estes atos começaram “aqui com os “antifas” em campo. Um motivo no meu entender político, diferente. São marginais, no meu entender terroristas. E tem ameaçado domingo fazer movimentos pelo Brasil, em especial aqui no DF”.
Essa declaração deixa bem claro sua intenção de criminalizar e perseguir movimentos que se opõem ao seu governo e apoiadores. Uma das medidas recentes nesse sentido, foi a ampliação do serviço de espionagem do governo através da polícia e do ministério da justiça, que está cada vez mais “inundado” de militares saudosistas da ditadura e que nunca esconderam seu ódio aos negros, pobres e trabalhadores.
Porém, essas declarações de Bolsonaro não surgem do nada, estão fortemente apoiadas nas declarações de Trump. Essa relação servil entre Bolsonaro e o imperialismo estadunidense se evidencia mais e mais conforme a luta de classes vem se intensificando, fazendo as massa saírem às ruas mesmo em meio a uma das maiores pandemias da história. Exemplo disso, é a modificação que o governo quer aprovar na lei 13.260 – lei ‘antiterrorismo’ sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff – que tipificaria o movimento antifascista como terrorista.
Esta tentativa de modificação surge logo após declaração do presidente norte americano apontando os “antifas” como grupo terrorista, isso mostra como Bolsonaro é um fiel capacho de Trump, e que assim como ele, está desesperado para frear a luta de classes que se agudiza ao redor do mundo, onde a juventude, em especial a negra, tem encarado a miséria de morrer de vírus, de fome, ou pelas mãos da polícia. Essa juventude não ter seus sonhos destruídos pelo racismo, filho querido deste sistema de morte que é o capitalismo.
É preciso seguir denunciando e enfrentando este sistema, que no Brasil tem como principais agentes, Bolsonaro e os militares em seu governo, mas também o congresso que aprova leis como a lei 13.260 – ‘antiterrorismo’; os governadores e suas polícias que invadem as periferias pra destruir famílias negras e trabalhadoras, e o judiciário – que ninguém elegeu – que com total autoritarismo decide quem fica e quem sai na “dança das cadeiras” da burguesia.
Mais do que nunca, batalhar por uma saída dos trabalhadores, denunciar a polícia racista e lutar por uma assembleia livre e soberana para que o povo possa decidir. As manifestações nos Estado Unidos em repúdio ao brutal assassinato de George Floyd mostram o caminho para lutar contra esse sistema capitalista podre.
Fonte: Esquerda Diário