Claudio Gastão da Rosa Filho, advogado de defesa do estuprador e empresário André de Camargo Aranha, se pronunciou dizendo que está exercendo seu papel, mostrando que não vê problema em fortalecer a cultura do estupro e do ódio contra as mulheres.
Depois de circular as imagens que foram comparadas a uma tortura e geraram revolta generalizada, a jovem Mari Ferrer segue sofrendo a violência institucional imposta pelo Poder Judiciário. Mari, foi agredida verbalmente e humilhada pelo advogado de defesa do empresário André de Camargo Aranha, acusado de ter dopado e estuprado a jovem em Florianópolis, que foi absolvido pela Justiça catarinense este ano.
No trecho do vídeo divulgado, aparecem na tela Mariana, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, que representava o réu no processo, o juiz, um promotor do Ministério Público de Santa Catarina e um defensor público. Rosa Filho, ao invés de se ater aos fatos que estavam em julgamento, apresenta cópias de fotos pessoais, tiradas pela jovem enquanto modelo profissional. Ele destila seu ódio e preconceito definindo as poses como “ginecológicas” e afirma, em tom agressivo, que jamais teria uma filha “no nível de Mariana”. Em outro momento, repreende o choro de Mariana: “Não adianta vir com esse teu choro dissimulado. Falso. Essa lágrima de crocodilo”, e a acusa de ganhar a vida “com a desgraça dos outros”.
O advogado, que já defendeu a fascista Sara Winter e é defensor de Olavo de Carvalho, com essa postura mostrou para todo o mundo quem é que ganha dinheiro com a desgraça dos outros. No trecho publicado, o juiz Rudson Marcos se isenta de qualquer imparcialidade, só interfere para perguntar se Mariana precisa tomar água para se recompor e diz que poderia suspender a audiência. Em nenhum momento sinalizou os excessos verbalizados pelo advogado de defesa do estuprador. Completamente abalada e entre lágrimas, ela pede ao juiz respeito: “Eu só estou pedindo respeito, doutor. Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito, no mínimo (…) O que é isso?”.
Nós, do Esquerda Diário rechaçamos o papel do judiciário brasileiro, pois é impossível esperar justiça através de uma instituição degenerada como essa. Ficou claro que a defesa do empresário e estuprador era muito mais importante que o levantamento e análise dos fatos ligados ao processo. No Brasil todo estão sendo chamados atos em defesa da jovem, que irão representar o completo repúdio da sociedade pelas cenas que foram divulgadas. Basta de violência contra as mulheres, basta de confiar nossas vidas a um sistema judiciário corrompido pelo dinheiro. Que todo juiz e político seja retirado de seu cargo quando violentar a população e que seu salário seja igual a de um professor.
Fonte: Esquerda Diário