‘Um poema por dia em tempos de coronavirus’

Muitas pessoas acreditam que a poesia não é uma matéria importante para a formação acadêmica dos alunos e, por isso, não acham que seja necessário ter aulas de poesia nas salas de aula.

Foto: Reprodução da internet

Segundo um artigo publicado no site The Atlantic, em um mundo em que temas que instiguem o pensamento crítico e a reflexão são condenados, a poesia tem perdido cada vez mais espaço nas instituições de ensino.

Porém inúmeros benefícios foram apontados com base em pesquisas em alunos que leem com frequência poesias e poemas. O primeiro benefício é na questão da escrita e na melhora do relacionamento com a literatura. Ao lerem poesia, além de conhecerem mais sobre a história da literatura de vários países, eles podem assimilar novos termos para se expressarem e, com isso, escrever e falar melhor.

Outro benefício é que a poesia tem uma importância fundamental para a formação crítico-reflexiva do sujeito-leitor, ela possibilita ao homem o encontro com a cultura humanística, como espaço de revelação e reconhecimento do prazer, da fantasia além de propiciar-lhe uma leitura ampla e crítica dos valores vigentes na sociedade.

Mas e o acesso aos livros? No Brasil, livros custam caro, e muito não tem acesso a estes, ou ainda possuem dificuldades em encontrar temas que lhes agradem. Governo precisa investir em políticas públicas que ampliem o acesso aos livros, baratear o custo das obras, por exemplo. O preço médio do livro “Tieta do Agreste”, custa R$ 70 em livrarias, quase 8% do salário mínimo. Aumentar o número de bibliotecas seria outra ação essencial. Mas e ver e ouvir textos? Incentivam a despertar o prazer da leitura e a buscar em seus versos palavras de afago e esperança.

Pensando nisso, o Grupo Leela de Teatro lançou o projeto “Um poema por dia em tempos de coronavirus”, onde o ator Munish grava em sua página no facebook, poemas, versos e poesias para serem vistos e assim despertar o desejo das pessoas pela leitura, e aos que não possuem condição de adquirir um livro, podem se deliciar com as prosas e acalentar corações apertados de saudade devido a quarentena. De Lispector, Drumond, Vinicius de Moraes, Cora Coralina à Pablo Neruda, são diversos poemas para serem vistos.

Ator Munish recita o poema de Pablo Neruda

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