Alimentos saudáveis são comercializados diretamente do produtor à população
O Armazém do Campo, situado na Av Contorno, n° 9894, no Centro de Belo Horizonte promove à população mineira o acesso a alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos, produzidos diretos do pequeno produtor para a mesa. Os alimentos orgânicos são comercializados em BH, mas são produzidos em diversos lugares do país e de Minas Gerais.”Os alimentos vem de diversos assentamentos, das mais de 30 cooperativas de iniciativa social, pequenos agricultures e de agricultura familiar”, afirma Gildo Rodrigues, Coordenador do Armazém do Campo, em conversa ao PlanetaMG.
Além de um espaço super moderno, elegante, limpo e organizado, com um ar de “casa da vó” para saborear sem presa, um delicioso açaí natural, há ainda o comércio de uma vasta linha de produtos, como hortifruti, bebidas artesanais, arroz integral orgânico, café orgânico, geleias, alimentos não perecíveis, todos livres de agrotóxicos ou venenos, e por um preço justo e acessível, que preza mais pelo sabor e sáude alimentar do que o lucro, típico dos grandes produtores movidos à venenos da Monsanto e Syngenta.
Contrariando a PL do Veneno, os alimentos comercializados no Armazém, detém o sabor, aroma e segurança alimentar infinitamente superior aos que você encontrará nas prateleiras dos supermecados.
As frutas, verduras e legumes são de procedência do Acampamento Maria da Conceição, em Itatiaiuçu, Assentamento 2 de Julho, em Betim e de outros Assentamentos nas proximidades da Região Metropolitana. Em terras, que antes serviam para o agrononegócio ou especulação fundiária, hoje são produzidos e plantados alimentos orgânicos e livres de agrotóxicos.
Os alimentos comercializados aqui são produzidos nos nossos assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), mas há também diversos pequenos produtores e de agricultura familiar que vendem seus produtos aqui, afirma Gildo. Na produção do arroz orgânico, são empregados diretamente mais de 500 famílias, totalizando cerca de mais de 2 mil pessoas envolvidas em toda a produção. Os produtos mais procurados são o café torrado e moído orgânico, arroz orgânico e frutas e verduras orgânicas.
Convidamos a todos a conhecerem o Armazém, e apoiar o projeto, como disse Gildo “quem vier, irá encontrar alimentos orgânicos, sem agrotóxicos, de origem familiar e que vão muito além do simples valor econômico”.
O Armazém funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 19 horas, e aos sábados, das 9 às 15 horas. Nas sextas-feiras, das 18 às 22 horas acontecem eventos culturais e musicais.
Entenda o que é o PL do Veneno
O Projeto de Lei 6299/02, mais conhecido como PL do Veneno, encontra-se em fase final de análise na Comissão Especial Deliberativa da Câmara dos Deputaddos desde o início de maio. Se o pacote de medidas for aprovado, o Brasil, que já é um dos campeões mundiais em uso de agrotóxicos, abrirá ainda mais suas portas para essas substâncias.
Entre os pontos que podem ser alterados pelo PL, que reúne todo o tipo de anexo absurdo sobre o tema, estão a mudança do termo “agrotóxico”, que passaria a chamar “defensivo fitossanitário”, em uma clara tentativa de mascarar sua nocividade, afastando informações essenciais à escolha do consumidor, e desconsiderando os impactos à saúde e ao meio ambiente no processo de aprovação de novas substâncias. A proposta é tão surreal, que garante o registro de substâncias comprovadamente cancerígenas, quando o risco for “aceitável”, sem esclarecer, claro, quem vai decidir o que é aceitável.
“Este pacote vai totalmente na contramão do que a sociedade quer. O que precisamos urgentemente é aprovar medidas e políticas para diminuir a quantidade de veneno no campo de forma gradual e responsável, e não aumentar cada vez mais o uso dessas substâncias. Como a gente já vêm mostrando, os agrotóxicos têm ido parar no nosso prato e colocam em risco a nossa saúde e a de nossas crianças. A quem interessa esse futuro?”, comenta Marina Lacôrte, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace.
Ao contrário do que o agronegócio costuma afirmar, essa não é a única forma de se produzir alimentos, pelo contrário. O uso de pesticidas perpetua um modelo de produção agrícola altamente impactante e que coloca em risco o futuro da nossa produção e de nossas condições de vida, atendendo apenas aos desejos da indústria e da Bancada Ruralista, enquanto existem outros caminhos viáveis, socialmente e ambientalmente mais justos de colocar comida na mesa de nossa população. Este é justamente o objetivo da PNARA, a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. Acolhida no início de 2017 pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a PNARA aguarda há mais de um ano a instalação de uma Comissão Especial para começar a tramitar.
“Se o campo não planta, a cidade não janta Arroz e feijão são o nosso sustento, As o povo quer é escolher seu próprio Alimento”.
Faça a sua parte! Assine a petição da proibição da PL do Veneno: