Sargento preso na Espanha fez 29 viagens e acompanhou três presidentes

Presidente em exercício, Hamilton Mourão afirmou que Manoel Silva Rodrigues voltaria ao Brasil no avião do presidente Jair Bolsonaro

Foto: G1

O sargento Manoel Silva Rodrigues, preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, com 39 kg de cocaína teria feito ao menos 29 viagens no Brasil e no exterior desde 2011, várias delas com o grupo presidencial. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o Portal da Transparência, o sargento preso recebe salário bruto de R$ 7.298. O portal também mostra o histórico de viagens feito por Rodrigues.

Em nota divulgada pelo jornal, a assessoria da Presidência da República diz que “o militar não trabalha na Presidência e não estaria na comitiva presidencial“.

“Ele pertence ao Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea Brasileira e exerce função de comissário de bordo”, diz a nota.

Mais cedo, o presidente em exercício, Hamilton Mourão (PRTB), falou que o segundo-sargento da Aeronáutica estaria no avião do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no retorno dele ao Brasil. O chefe do Executivo federal está em viagem oficial ao Japão.

“Quando tem essas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho, então, quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele. Então seria Sevilha – Brasil”, afirmou Mourão em depoimento à imprensa, na saída de seu gabinete no anexo do Palácio do Planalto.

Mourão falou, ainda, sobre os métodos de segurança que envolvem a decolagem do avião presidencial: “O avião no qual o presidente decolou ontem decola um pouco antes, para ver se está tudo ok, ele desce e ele é lacrado. Ele só é aberto novamente quando o presidente e a equipe dele estão para embarcar”.

O vice de Bolsonaro afirmou que o “camarada” pego com 39 kg de cocaína estava no outro voo, que chamou de VC2, no qual ficam o pessoal de apoio e escalão avançado.

Entenda
O militar da Força Aérea Brasileira (FAB) foi preso na Espanha por tráfico de drogas nessa terça-feira (25/06/2019). Ele era tripulante do voo que dava apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que participa da Cúpula do G20, no Japão.

Nesta quarta-feira (26/06/2019), autoridades espanholas informaram que o segundo-sargento, cujo nome não foi divulgado, foi flagrado com 39 kg de cocaína divididos em 37 pacotes em uma mala de mão. O brasileiro foi detido no Aeroporto de Sevilha. Ele deixou a Base Aérea de Brasília no avião reserva da Presidência, com três tripulações.

Ao avaliar as condições nas quais o militar foi flagrado, Mourão considerou que o segundo-sargento preso deveria ter conexões no país europeu. “Não brotou da cabeça dele, há conexões aí”, indicou. “Ele agiu como ‘mula qualificada.’”

Fonte: Metrópoles

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