Festival ressalta as desigualdades e necessidade de uma política pública para os quilombos
Em sua 3ª edição, festival Canjerê ressalta as desigualdades e a necessidade de uma política pública para os quilombos
Há 130 anos, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea e colocou um ponto final na escravidão no Brasil. Entretanto, a assinatura do documento que determinou a libertação dos negros brasileiros não representou nenhum avanço social para eles, sobretudo porque a abolição da escravatura não foi acompanhada por políticas afirmativas e inclusivas dos novos homens e mulheres livres. Por isso, a música “Quilombo Axé” afirma em alto e bom som que “13 de maio (o dia da assinatura da Lei) não é dia de negro”. Entendendo que o dia é não de celebração, mas sim de luta e resistência, o Festival Canjerê ocupará a praça da Liberdade e alguns prédios do Circuito Liberdade, de sexta a domingo, com uma programação diversa, que se equilibra entre a festa, o protesto e a religiosidade.