Mais de 150 países registram mobilizações para alertar autoridades e empresas da necessidade de ter responsabilidade com a preservação ambiental
As ruas de mais de 150 países se levantam hoje (20) na Greve Global pelo Clima. Os atos chamam a atenção para a necessidade de redução da emissão de gases do efeito estufa, que provocam mudanças climáticas. Além disso, os manifestantes cobram mais responsabilidade de empresas e governos com o meio ambiente. A data antecede a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizada na segunda-feira (23), em Nova York.
A onda de protestos já passou por boa parte do mundo. Na Austrália, mais de 300 mil pessoas lotaram as ruas de 100 cidades. Destaque para Sidney, que concentrou uma grande número de jovens e adultos. Por toda a Europa, multidões nas ruas. Na Alemanha, por exemplo, 500 cidades anunciaram protestos. Nos Estados Unidos não foi diferente: 800 cidades aderiram à mobilização. Nova York já amanheceu com atos e a concentração de pessoas impressiona. Wall Street, famoso centro financeiro, foi totalmente tomada com cerca de 1 milhão de pessoas.
No Brasil, houve concentrações na parte da manhã e estima-se que haja atos em ao menos 40 cidades.
Sem-terras protestam contra Monsanto em São Paulo
Mais de 200 mulheres sem-terra protestam em frente à sede nacional da empresa Bayer, no bairro do Socorro, zona sul de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (20). A ação faz parte da Greve Global pelo Clima, mobilização mundial que pede ações de combate às mudanças climáticas e em defesa do meio ambiente.
As integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciam uma “política antiambiental” implementada por Jair Bolsonaro (PSL), que liberou mais de 300 agrotóxicos em menos de nove meses. Segundo elas, as posturas do presidente favorecem o monopólio e o faturamento de empresas multinacionais como a Bayer, que produz agrotóxicos por meio de sua divisão agrícola CropScience.
Em 2018, a empresa alemã concluiu a compra da agroquímica Monsanto por US$ 66 bilhões (o equivalente a R$ 275 bilhões), tornando-se assim o maior grupo de agrotóxicos e transgênicos do mundo. As vendas da empresa totalizaram € 39,5 bilhões no mesmo ano.
Fonte: Rede Brasil Atual/ Brasil de Fato