Programa de governo também prevê geração de empregos, programas sociais e metas para chegar ao Desmatamento Zero na Amazônia em 2022
O programa de governo do candidato Fernando Haddad (PT) surge como um caminho para uma “transição ecológica para a nova sociedade do Século 21”.
Além de aliar geração de empregos, programas sociais e metas para chegar ao Desmatamento Zero na Amazônia em 2022, a proposta prevê redução do uso de agrotóxicos e uma transição ecológica que beneficie as pessoas, os animais o meio ambiente e que fortaleça a agricultura familiar.
Em outras palavras, a transição viria com a adoção de tecnologias mais produtivas e menos poluentes, que contariam com investimentos em geração de energia eólica.
Para Delwek Matheus, da direção estadual do MST/SP, um projeto de governo voltado para a transição agroecológica é vital, pois ações assim, só são possíveis com a adoção de políticas públicas que garantam as condições necessárias para os agricultores.
“O que está em discussão no plano do Haddad é uma proposta de desenvolvimento sustentável. Dentro dessa proposta está a mudança de um modelo agrícola para um modelo de produção ecológico. Isso é muito importante porque a realização dessa transição só é possível com ações de governo que envolvam políticas públicas que garantam as condições necessárias para que isso seja feito”.
E completa: “Se existem políticas públicas voltadas para produção agroecológica, automaticamente as condições de trabalho do agricultor melhoram. Os pequenos produtores e produtoras não vão mais manusear agrotóxicos, terão garantia de mercado e escoamento da produção e, consequentemente, aumento de renda. Fora a qualidade do alimento que é consumido que tende a melhorar sobremaneira com esse programa de apoio. Em suma, o produtor ganha e o consumidor ganha, esse é o papel social da agricultura, produzir alimentos saudáveis para a sociedade e, ao mesmo tempo, garantir um processo de desenvolvimento econômico para o país”, finaliza.
Hoje a agricultura familiar produz 70% dos alimentos consumidos no Brasil, na contramão, também somos o país que mais consome agrotóxicos no mundo.
Para mudar essa realidade, Haddad enfatiza em seu programa que vai instituir um plano de redução do uso de agrotóxicos com medidas específicas e imediatas, entre as quais o estímulo do uso de biopesticidas e atualização da legislação nacional seguindo as recomendações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Fonte: MST