Em meio às cínicas comemorações oficiais do 7 de setembro, tradicional marcha contra a exclusão e desigualdade contou com reforço de ato convocado por estudantes: contra os cortes na educação e em defesa da Amazônia
Milhares de pessoas foram às ruas de todos os estados neste sábado (7) contra os retrocessos promovidos por Jair Bolsonaro (PSL). A 25ª edição do “Grito dos Excluídos” criticou as ações do atual governo contra a educação pública e a soberania nacional e denunciou o desmatamento na Amazônia. Entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) se somaram aos atos na maior parte das capitais, em mais uma edição do chamado “Tsunami da Educação”.
Segundo a Central dos Movimentos Populares (CMP), 132 cidades participaram do “Grito”. O lema das mobilizações deste ano é “Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade”.
Mais de uma centena de cidades brasileiras serão palco de protestos contra o governo Jair Bolsonaro, neste sábado (7), Dia da Independência. Em sua 25ª edição, o Grito dos Excluídos sairá às ruas sob o lema Este sistema não vale! Lutamos por Justiça, Direitos e Liberdade, para protestar contra o atual quadro de desemprego, desigualdade e desmonte das políticas públicas agravados nos oito meses da gestão do atual mandatário.
Um mapa interativo, criado pela Comissão Justiça e Paz, com apoio da CUT, da coordenação nacional do Grito dos Excluídos e diversas entidades, aponta que 157 cidades, em todas as capitais, e de todos os estados brasileiros, já confirmaram participação no ato.
Entre elas, Salvador, que sai em marcha na Praça do Campo Grande, em frente ao Teatro Castro Alves, a partir das 9h. Belo Horizonte, que inicia a concentração sob o Viaduto Santa Tereza , às 9h.
O Grito dos Excluídos, manifestação que surgiu na Igreja Católica, é promovido anualmente com apoio de organizações sociais, ambientalistas, partidos de esquerda, movimentos populares do campo e da cidade, movimento estudantil, de mulheres, pastorais sociais e religiosas de diferentes matrizes, e sindicais que, nesta edição, reforçam a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a “reforma” da Previdência.
Os atos serão também em defesa da Amazônia e contra o aumento no número de queimadas relacionadas, por diversos especialistas, ao avanço do desmatamento. A postura do governo Bolsonaro agravou os problemas na região e criou uma crise ambiental internacional.
O Grito dos Excluídos junta-se, ainda, à luta contra os cortes na educação, que serão pautados por outro protesto em todo o país, convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), com apoiadores saindo às ruas de preto neste dia 7 para simbolizar “luto” diante da atual situação da área, ainda mais prejudicada pelos cortes no orçamento do governo Bolsonaro.
Fonte: com informações do Brasil de Fato/Rede Brasil Atual