Os caminhoneiros fecharam a BR-381, no KM 361 em João Monlevade, e na BR-040, no KM 617 em Congonhas, ambas na região Central do Estado.
Um protesto de caminhoneiros, nesta segunda-feira (14), fechou as principais rodovias de Minas Gerais. A pauta, segundo os coordenadores da paralisação foram por causa do aumento do preço dos combustíveis, a taxa do frete, questões trabalhistas e de assistência do governo aos trabalhadores autônomos.
Os caminhoneiros, segundo a Polícia Rodoviária Federal, fecharam a BR-381, KM 361 em João Monlevade, e a BR-040,KM 617 em Congonhas, ambas na região Central do Estado.
Ainda de acordo com a PRF, eles permitiram somente a passagem de veículos pequenos e ônibus. Os veículos de carga foram impedidos de passar desde a madrugada. A liberação das pistas ocorreu por volta de 12h desta segunda-feira.
Protesto anunciado
Os caminhoneiros já se articulavam para realizar os protestos nesta terça. “E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte”, afirmou o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China.Ele explicou que não foi feito um levantamento para saber quantas rodovias serão paralisadas. Mas os profissionais do Acre e do Espírito Santo, por exemplo, já anunciaram que vão fechar as rodovias dos respectivos Estados, diz China.
“Sabemos que começa amanhã (terça-feira), mas não tem data para acabar”, diz China. Ele afirma que os caminhoneiros estão indignados com o aumento dos impostos sobre o óleo diesel, que representou R$ 0,46 por litro. “Imagina numa viagem longa o que significa esse aumento para o caminhoneiro. Esse aumento foi a gota d’água.”
Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do país, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.
O setor de transportes perdeu R$ 1,1 bilhão, só no último corte. Para os caminhoneiros, a redução dos investimentos aumenta a insegurança nas estradas, já que a manutenção é reduzida, ou praticamente eliminada por falta de verba. Outra reclamação envolve a segurança pública nas rodovias, que também teria piorado. “Vamos apoiar essa manifestação, não temos como ficar em cima do muro.”
Fonte: com informações do O Tempo/Gazeta do Povo