Julgamento do arquiteto do Massacre de Felisburgo será nesta segunda-feira
No dia 20 de novembro de 2004, 17 pistoleiros armados, comandados pelo fazendeiro Adriano Chafik Luedy e seu primo Calixto Luedy, invadiram o acampamento Terra Prometida, localizado em Felisburgo, Vale do Jequitinhonha-MG.
Essa bárbara ação criminosa assassinou cinco trabalhadores rurais, feriu a bala outras 13 pessoas, inclusive uma criança de 12 anos, queimou a escola local e vários barracos, deixando centenas de famílias somente com a roupa do corpo.
A Fazenda Nova Alegria, onde aconteceu o massacre, foi ocupada em maio de 2002, por cerca de 230 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ocupação foi realizada para pressionar o governo a desapropriar as terras, já que o Instituto de Terras de Minas Gerais (ITER) decretou 567 hectares como devolutos e ali não se cumpria a legislação trabalhista, nem ambiental. Eram terras do Estado, griladas pelo fazendeiro.
Passaram-se quase quinze anos e o arquiteto do massacre, Calixto Luedy, não foi julgado, assim como nenhuma das vítimas foi indenizada e o decreto, referente à desapropriação da terra, não foi cumprido. Calixto foi policial e se tornou jagunço do seu primo Chafik.
O atual presidente diz que fazendeiros podem usar armas para defender a propriedade privada. Isso é ilegal. E só estimula massacres. A paz no campo se faz com justiça, não com armas. O que é mais importante: a ganancia dos grandes fazendeiros ou a vida das famílias que lutam pelos seus direitos?
O julgamento do caso está marcado para esta segunda-feira, 13 de maio de 2019, às 8h30, no Fórum Lafayete, em Belo Horizonte.
#Calixto precisa ser condenado!
Fonte: com informações de Comunicação social/MST