Atos por todo o país mostram que o governo Bolsonaro está contra os interesses da população. Estudantes vão às ruas contra o programa do MEC que visa privatizar a educação pública superior
Durante toda a terça-feira (13), as ruas do país foram tomadas por mobilizações em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência. Milhares de estudantes, professores, sindicalistas, trabalhadores e ativistas dos movimentos populares denunciaram retrocessos do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O terceiro “Tsunami da Educação” contou com atos nos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal.
A manifestação nacional é uma continuidade da mobilização de maio, organizada em defesa da manutenção das verbas para o ensino superior. Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os contingenciamentos anunciados pelo governo afetam não só o ensino superior, mas também a educação básica, o ensino médio e programas de alfabetização.
Ao portal G1, a reitora afirmou que foram bloqueados da instituição R$ 64,5 milhões pelo governo federal, o equivalente a 30% do orçamento da UFMG para o custeio da universidade.
“Como falar em futuro se o nosso presente está tão comprometido? Da forma como ele [programa Future-se] foi construído, ele não resolve um problema que é crônico das instituições, que é o financiamento público. Não há como substituir financiamento público em educação, isso não ocorre em lugar nenhum do mundo. O que ele faz é tentar atrair para universidades recursos de outras fontes, por meio de transferência de conhecimento, mas isso nós já fazemos”, disse a reitora da UFMG.
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pelo menos 211 municípios brasileiros registraram atos nesta terça. A população somada dessas cidades é de quase 83 milhões de pessoas, cerca de 40% da população do país.
Em Minas Gerais, os atos aconteceram em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia, Viçosa, Montes Claros, Ipatinga, Governador Valadares e Ouro Preto. Em BH, o ato começou logo cedo, com reuniões e discusões do Programa ‘Future-se’, do Governo Federal, no Campus da UFMG. Às 14 horas, aconteceu uma sessão plenária na ALMG, onde foram expostas pelos parlamentares os cortes e descasos com a educação pública, exigindo-se uma educação de qualidade, e não uma privatização da educação. Estudantes e Trabalhadores se uniram em marcha em direção à Praça Sete, mais de 50 mil pessoas participaram do ato, que encerrou por volta das 20 horas, na Praça da Estação.
Fonte: com informações do Portal BHAZ/ Brasil de Fato