Tribunal que barrou Lula aceita que outros 1,4 mil candidatos façam campanha

O mesmo que tribunal que sequestrou o voto e barrou definitivamente o ex-presidente não impõe limites a 1,4 mil candidatos, que mesmo julgados culpados, permanecem fazendo campanha.

Foto: Istoé

Mais de 1,4 mil registros barrados pela Justiça Eleitoral recorreram da decisão e poderão participar das eleições 2018, o que na linguagem jurídica se denomina “sub judice”. Para estes, a campanha continua até que recursos apresentados contra o indeferimento sejam julgados definitivamente.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com Lula adotou um tratamento diverso. O ex-presidente foi proibido definitivamente de participar das eleições antes mesmo de todas as instancias ocorrerem.

Os dados vem de um levantamento realizado pelo jornal O Estado de S.Paulo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com informações atualizadas até a noite do dia 20, quinta.

Entre os 1,4 mil candidatos, 12 disputam o cargo de governador, 26 de senador, 462 de deputado federal e 855 de deputado estadual. De acordo com o Estadão, o número deve cair, conforme os recursos forem sendo julgados pelo TSE e os tribunais regionais eleitorais.

Como combater seriamente o autoritarismo do poder judiciário?

O autoritarismo do judiciário se evidencia cada vez mais, o povo perdeu seu direito de decidir em quem votar. Não apoiamos o voto no PT, mas nos colocamos contra essa casta de juízes privilegiados, que substituem o voto por suas convicções. O PT mesmo é culpado pelo tamanho que tomou esse poder, com uma atuação política conciliatória e ligada as instituições, se negando a apostar na mobilização de base dos trabalhadores e da juventude em nome da “governabilidade” que nos levou a um golpe.

Por isso, nessas eleições, alertamos a todos que pretendem votar em Haddad (PT) que este vem dando uma guinada à direita nesse momento, que tende a se acentuar conforme se aproxime o fim das eleições. Ele acena ao mercado e já dá sinais do que será seu governo. Não podemos esperar que venha daí uma resposta aos golpistas, a extrema direita e o capitalismo.

É necessário, agora mais do que nunca, fortalecer um polo de esquerda independente ao PT, com centro na luta de classes a partir dos locais de trabalho e estudo, com um programa anti-capitalista, que avance para a perspectiva do não pagamento da dívida pública, e uma série de medidas que façam com que os capitalistas paguem pela crise.

Fonte: Esquerda Diária

Comentários

Deixe um comentário