Neste 25 de janeiro, data em que o crime da Vale em Brumadinho completa 1 ano, o Movimento dos Atingidos por Barragens manifesta respeito à dor das famílias das 272 vidas interrompidas, após o rompimento da barragem no Córrego do Feijão.
O MAB reafirma a posição de profunda indignação com a atuação da Vale na bacia do rio Paraopeba.
Exigimos respeito pela memória dos que se foram e também reparação integral para os sobreviventes, familiares e todos as atingidas e atingidos que tiveram suas vidas transformadas, reflexo de negligência e ganância da mineradora.
Reincidente em mais um crime no estado de Minas Gerais, a Vale coloca o lucro acima da vida. Somente no ano passado, foram repassados 7,2 bilhões de reais aos acionistas – bancos e fundos internacionais, valor superior ao gasto com as indenizações.
Neste sentido, não há outra saída: só a organização do povo pode alterar essa realidade. Nós, atingidos por barragens, sabemos que não é possível esperar boa vontade dos governos e nem da Vale.
Marcha dos atingidos
No último dia 20, o MAB iniciou uma Marcha, que já percorreu mais de 300 quilômetros, passando por cinco municípios ao longo do rio Paraopeba, para denunciar a impunidade e reivindicar que os direitos dos atingidos sejam respeitados.
Neste contexto, exigimos:
– que as buscas pelas 11 pessoas ainda não encontradas debaixo da lama não sejam interrompidas.
– a garantida do auxílio emergencial a todos os atingidos sem discriminação;
– a homologação de forma imediata da contratação das assessorias técnicas;
– a aprovação do Plano Nacional dos Atingidos por Barragens (PNAB), que tramita no Senado Federal.
Seguiremos em luta por justiça e por direitos.
A Vale destrói, o povo constrói!
Movimento dos Atingidos por Barragens
25 de jan. de 2020
Fonte: MAB