Projeto promove integração e interiorização de venezuelanos em Minas Gerais

Projeto piloto promove com louvor o acolhimento e a interiorização de migrantes venezuelanos em Belo Horizonte

Armando e Geyser, imigrantes venezuelanos interiorizados.
Foto: Alvaro de Barros

O Projeto “Acolhe Minas” foi um esforço de diversos grupos, entidades e instituições, entre elas o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugidaos (Acnur), a Arquidiocese de Belo Horizonte, a Escola Superior Dom Helder Câmara, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), a Caritas Regional de Belo Horizonte, o Colégio Santo Agostinho (unidade Contagem), a Pastoral do Colégio Marista além de diversas pastorais e outras instituições. Surgido em 2018, o projeto piloto na capital busca auxiliar na interiorização e inserção dos migrantes venezuelanos vindos de Boa Vista, Roraima.

O projeto é coordenado pelo Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR) em parceria com o Comissariado da ONU, e atualmente conta com 37 imigrantes venezuelanos vindos de Boa Vista. Após uma triagem, o grupo foi dividido em 3 grupos, ficando um na Casa do Imigrante, onde se encontram os solteiros e jovens e outros dois grupos, um aqui em Belo Horizonte e outro em Montes Claros, onde foram enviadas famílias.

O acolhimento, feito pelos jesuítas e por integrantes da Arquidiocese de Belo Horizonte, conta com amplos alojamentos, alimentação balanceada, ensino de lingua portuguesa, distribuição de currículos, acompanhamento psicológico e religioso entre outros. O Projeto busca poder ajudar o máximo de migrantes que estão em condições preocupantes no Norte do país, e que necessitam de apoio, e o grupo que encontra-se em Minas terá um apoio total por 3 meses, depois deste tempo, o apoio será reduzido para que outros possam vir.

Entrada da Casa do Imigrante
Foto: Alvaro de Barros

Um novo mundo de sonhos e esperanças

Devido ao grande número de imigrantes e refugiados na fronteira do Brasil com a Venezuela, e com o agravamento da instabilidade na Região, proveniente do embargo econômico-social do imperialismo e capitalismo norte americano, muitos deles estão em condições péssimas em Boa Vista. Diante disto, inúmeros estados tem se oferecido para acolherem os imigrantes.

“Muitos deles deixaram família, casa, pais e mães e irmãos e vieram para cá pra tentar melhorar a própria condição de vida. Eles só precisam de uma chance, de uma oportunidade de emprego para se sustentarem e poderem trazer a sua família que ainda está na Venezuela”, afirma Vinícius Rocha, da coordenação de comunicação do escritório do SJMR, em entrevista à nossa equipe.

O projeto tem procurado acolher e melhor adaptar os imigrantes, e tem aberto frentes de trabalho junto à empresas da capital para conseguirem um emprego. Temos aqui, gente com curso superior e cursos técnicos altamente especializados, e temos fé que logo estarão encaminhados, desabafa Vinícius Rocha.

A alimentação e todos os custos são mantidos por parceiros, pelas instituições que participam do projeto e por doações recebidas. Mas há muita necesidade tanto de gêneros alimentícios, quanto de oportunidades de vagas de emprego. Deixar o seu país, suas raízes, sua família e se mudar para uma terra estranha, não foi por aventura, mas por necessidade, não foi por opção. Nestes tempos em que o fascismo, a misoginia e a violência contra as minorias parece prevalecer, precisamos dar as mãos uns aos outros, aos que mais necessitam e apoiar.

As doações de alimentos, dinheiro, roupas, cobertores podem ser entregues nos Endereços Av Amazonas, 641, 8º andar. Também pode-se entrar em contato através do telefone: (31) 3212 4577.

#AjudarAoPróximoIssoFazBem

#BondadePasseAdiante

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