Ato em Belo Horizonte leva milhares às ruas contra a Ditadura e contra Bolsonaro
Em 2019 as comemorações pelo golpe militar de 1964 voltaram a ser oficiais, incentivadas por Bolsonaro, Joice Hasselmann e a extrema direita no governo, ao ponto de serem os próprios generais (entusiastas defensores do golpe militar de 64) que integram o governo a pedir moderação nas comemorações.
Em 1964, os tanques ganharam as ruas, atropelaram as liberdades democráticas e abriram caminho para 21 anos da mais absurda repressão política. Uma forma anormal de governo, de conotação militar, rompeu com a forma fundamental da dominação burguesa: a democracia representativa.
Em Belo Horizonte e outras tantas cidades e capitais do Brasil, ontem (31) foi dia de mostrar que mesmo sob as declarações infames de Bolsonaro, o povo unido, juntos foram às ruas com cartazes, roupas pretas e gritos de guerra mostrar que o Golpe de 31 de março de 64 só trouxe foi morte, dor e sofrimento para a sociedade. Trouxe a tortura contra aqueles que ousaram falar e gritar seu nome, trouxe o desaparecimento político aos que criticaram o regime e a censura para os que ousaram sonhar com liberdade.
O Ato reuniu mais de 7 mil pessoas na Praça da Liberdade, reduto tomado da extrema direita, e depois marchou pela Av Brasil e Av Afonso Pena em direção à Casa da Liberdade, onde funcionou durante os anos de chumbo, a sede do DOPS.
A luta pela memória dos que enfrentaram a ditadura se completa com a união para derrotar o governo Bolsonaro, seus planos de fome e suas ideologias reacionárias. Aos cultuadores de torturadores, ergamos a resistência devida e gritemos a plenos pulmões: 1964 – nunca mais!