Dilma procura reforçar sua candidatura

Dilma Rousseff vai percorrer o Estado para reforçar seu nome para a eleição ao Senado

Fotos: Coletivo Alvorada

A ex-presidenta da República e pré-candidata ao Senado Dilma Rousseff (PT) vai colocar sua campanha nas ruas a partir do mês de julho. Segundo fonte ligada à cúpula petista, Dilma vai começar a percorrer o interior do Estado no próximo mês, e a primeira região a ser visitada será o Norte de Minas.

Segundo o interlocutor, o mote do discurso da ex-presidente serão as realizações dela e de Lula no Palácio do Planalto. “Ela vai relembrar os feitos do governo petista, destacando, principalmente como a vida das pessoas mais pobres melhorou”, contou. De acordo com a fonte, Dilma defenderá a tese de que em Minas haverá, mais uma vez, uma polarização entre PT e PSDB, e, sendo assim, ela discutirá as duas gestões, mostrando as vantagens da administração petista em relação ao período dos tucanos no poder – tanto no Estado quanto no governo federal. Outra bandeira presente na campanha da ex-presidente, segundo o interlocutor, será o papel da mulher na política.

A agenda eleitoral de Dilma em Minas deve ser montada nas próximas semanas, após ela retornar da Inglaterra, para onde irá nesta segunda-feira (18) para participar de eventos.

Apesar de a ex-presidente não ter colocado sua pré-candidatura oficialmente, nos bastidores da legenda, a participação de Dilma é dada como certa. Em pesquisa realizada pelo partido no último mês, a petista apareceria na frente nas intenções de voto. Isso animou a legenda a investir e insistir no nome dela para o Senado.

Na semana passada, durante evento de lançamento da pré-candidatura de Lula à Presidência da República em Contagem, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jacques Wagner fizeram pronunciamentos já em clima de pré-campanha de Dilma ao Senado. “Na terra de seu algoz (Aécio Neves), Dilma vai pisar em seu adversário e será eleita para o Senado”, declarou Haddad.

O senador Aécio Neves (PSDB), no entanto, ainda não se posicionou sobre uma possível candidatura à reeleição.

Ao final do evento petista, Dilma, em rápida e descontraída conversa com a reportagem de O TEMPO, evitou falar sobre a pré-candidatura. “O Carnaval já chegou? Não, né? Quando o Carnaval chegar, a gente conversa direito sobre isso”, contou, aos risos, a ex-presidente, mantendo tom misterioso sobre o futuro.

Em abril, no último dia permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a mudança de domicílio eleitoral, Dilma transferiu seu título para Minas Gerais, podendo, assim, se candidatar para cargos eletivos pelo Estado. Na ocasião, ela afirmou que a mudança era por motivos pessoais e familiares.

A vinda de Dilma para a chapa de Pimentel pode ter sido um dos motivos do fim da aliança entre o PT e o MDB. A vaga na chapa de reeleição de Pimentel era prometida para o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes. Apesar dos rumores, nessa semana, em entrevista à rádio Super Notícia FM, Adalclever negou que tenha se incomodado com a possível candidatura de Dilma ao Senado na chapa petista. (Ana Luiza Faria)

Fonte: O Tempo

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