Coletivo Alvorada promove Ato contra os 80 tiros que mataram músico negro no Rio de Janeiro
Faça uma análise mental e responda: em quantas realidades você consegue supor que o carro de uma família seria fuzilado por 80 tiros pelo Exército Brasileiro e, pasmem, ainda existiriam “justificativas” para isto? Vamos além, em quais bairros está “autorizado” que o Exército ou a polícia entre para matar moradores? Em quais bairros a polícia se justifica? Em quais locais os comentários mais comuns buscam nas vítimas a justificativa para o genocídio?
A população, acostumada a ver corpos pretos assassinados pelo Estado, automaticamente justifica o genocídio. “O que ele fez para ser assassinado?” Não se perguntam, porém, porque é que o Estado assassinou um pai de família, num domingo à tarde e feriu mais duas pessoas.
O Coletivo Alvorada, em solidariedade à família de Evaldo dos Santos Rosa, 51 anos, músico e pai de família cruelmente assassinado pelos soldados do Exército (este mesmo que se presume que defenda sua população) promoveu um ato hoje (12) na Praça da Estação denunciando a morte da população negra e pobre do nosso país.
O ato fez parte da marcha dos trabalhadores rurais contra a reforma da previdência, e contou com uma intervenção artística encenada por integrantes do Alvorada, e idealizada pelo ator e diretor de teatro Munish.
Todos os dias morremos um pouco. Quando o Estado não é genocida diretamente, mata um pouco de cada um de nós.
Quando o tiro não é na cara, é na alma. Parem de nos matar.
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